Ah, sua vida ia tão bem. Um bom emprego, faculdade tranquila, amigos solteiros e meninas atrás dele. Como poderiam uma noite de sábado, muitas doses de álcool e uma garota o deixar desordenado, perdido?
Levantou. Foi pra sala, ligou a tv, mas não conseguiu fugir das divagações. Assistiu a um filme, lembrava-se dela. Mudou pra novela, lembrava-se dela. SMSs chegavam, esperava que fossem dela (até descobrir que não tinha o número da desconhecida que o conhecera tão bem).
Foi ouvir música, sempre seu refúgio quando precisava espairecer. Colocou Neil Young. Aquele idiota sentimental. Only love can break your heart.
Merda de domingo, de ressaca e de lembranças superestimadas. Descobriu que o seu amor não era bem amor por ela, mas pelo desejo de se ver envolvido com algo inesperado, incompatível. A noite passada ocupava perfeitamente esse desejo. A garota era estigma de encrenca; ele, de autodestruição.
Dormiu. Não quis levantar do sonho, ela tava lá. Não quis mais uma segunda-feira, ela também estaria lá.
O Neil Young e sua velha mania de deixar a gente incomodado. Gostei disso. (Até porque parece com as coisas que eu escreveria. XD)
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