8 de nov. de 2009

ela vive em busca do sim, em busca de si, em busca deles. ela chora, pois quando chega a pensar que entende tudo que a cerca, algo, pequeno ou gigante, interpõem-se. ações mínimas, mas concretas, atingem qualquer um. sua sensibilidade à flor da mente não deixa nada escapar, não se esquece de nenhum gesto, ou até passa a inventar casos inexistentes na realidade. ela só quer sentir, ela exagera em sentir e, por isso, chora. e, por isso, isola-se. o isolamento decorre da decepção, lógico. por que o mundo funciona assim? por que as pessoas se mostram assim? serão todos assim? ela está percebendo errado? não, é tão óbvio: estão contra ela. ela se sente isolada, então, estão a isolando. desligar-se dos outros é tarefa difícil. desligar-se de si mesma é tão mais fácil. sentir-se banal é dar uma trégua aos pensamentos. ah, nada como uma semana no papel de simplesmente alguém de bem. porém, tudo volta. o que há no subconsciente não se ignora, não por muito tempo. parar de sentir é fácil, alivia... mas voltar é mais simples ainda. quando ela menos espera, pronto, uma situação, uma palavra já viraram história, com início, meio e fim, na sua cabeça, quer dizer, na sua alma.

Um comentário:

  1. preciosíssimo esse texto. você descreveu perfeitamente. nossa, adorei mesmo!!!!! bom saber que você não está indiferente, porque a diferença já está em você. e, no fundo, eu já sabia... hehe =)

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