Posso dividir os jovens em dois grupos: os velhos nostálgicos e os velhos conformados. Vamos começar pelos conformados, eles devem ser mais fáceis de entender. Esses jovens, como já explicita o próprio nome do 'conjunto', vivem conforme as regras lhes ditam. Cumprem suas obrigações, aceitam ordens superiores e desconhecem a contestação. Acreditam, piamente, que o mundo não tem chances de mudar. São apáticos e se esforçam para serem meramente reconhecidos dentro do grupo e, logicamente, para não terem grandes alterações em seus esquemas de vida.
O segundo grupo, dos nostálgicos, é intrigante e "intriguento". Vive em busca de um inimigo corporal, de algo único para reunir a culpa de todos os males do mundo. Percebem-se jovens que anseiam por revolução, mas que nada apresentam de revolucionário. Jovens que esqueceram que o marxismo já foi esquecido, que 1968 é um ano que acabou e que a ditadura no Brasil (mesmo que ainda com algumas pendências) não existe mais. Os nostálgicos querem melhorar o mundo atual e formar uma sociedade nova (e isso merece muito respeito), mas se baseiam na cabeça dos velhos. Iludem-se com palavras de adultos que não cresceram e passam a acreditar que deveríamos voltar ao antigamente. Os nostálgicos, no excesso de referências e na falta de criatividade, perdem tempo polarizando um mundo que deixou de ser polarizado, gritando frases que já não ecoam e seguindo imagens que se desgastaram.
Rótulos, como os desse texto, também não passam de técnicas fracas e limitantes de assistir a ações de outros. E, então, até uma opinião amadora e livre cai na mesmice do discurso: analisar o mundo como nos é apresentado e não como queremos apresentar.
"Assim marchou o Velho, travestido de Novo, mas em cortejo triunfal levava consigo o Novo e o exibia como Velho"
ResponderExcluirshay, seu blog é o máximo, juro!