28 de mai. de 2010

e agora?

continuo intrigada com a continuidade.
queria perguntar pra freud: como que fica a pessoa que não sabe lá qual é seu grande outro, seu grande objeto (ou qualquer definição inventada).
pessoa que vive a insatisfação de ser sem cordão umbilical, mas não dá conta de encontrar meios de se preencher.
pessoa que já não grita pela mãe, não chora pelos amigos, nem aproxima o mundo pela palavras.
pessoa que vive, vive fingindo não olhar muito para os lados, porque sabe que assim as chances são maiores de ser feliz, de ser estática.
pessoa que inventa pequenas satisfações para se manter normal, mesmo sabendo que nunca vai ser capaz de considerar um grande desejo. ela sabe que o grande desejo é inalcançável, mas bem que ela queria, ao menos, ter a experiência frustrada de tentar alcançá-lo.
bem, roubaram o carretel.

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